Os advogados da falida exchange de criptomoedas FTX publicaram uma extensa lista de credores que inclui empresas de mídia, companhias aéreas, universidades e instituições de caridade, inclusive na lista estão Apple e Netflix.
A lista de credores da FTX de 116 páginas, que nomeia empresas como Apple e Netflix, ainda mostra uma imagem abrangente do alcance da agora falida empresa cripto e do impacto de seu colapso.
A FTX deve dinheiro a instituições, incluindo empresas de mídia, universidades, companhias aéreas e instituições de caridade, mostra um processo judicial revelado na última quarta-feira. O documento foi apresentado por advogados da empresa como parte do processo de falência em um tribunal dos EUA, em Delaware.
O juiz John Dorsey, que está supervisionando o processo, permitiu que os nomes dos credores individuais permanecessem em sigilo por cerca de três meses em uma audiência no início de janeiro, mas solicitou que uma lista de instituições envolvidas com a empresa fosse arquivada pelos advogados da FTX.
Entre os listados estão empresas de mídia como Wall Street Journal, Fortune, Fox Broadcasting e CoinDesk, bem como grandes nomes do mercado de criptomoedas, como as exchanges Coinbase e Binance. As companhias aéreas American, Spirit e Southwest, bem como a Universidade de Stanford – onde os pais do fundador da FTX, Sam Bankman-Fried, trabalham como professores – e sua cooperativa de crédito também foram listadas no documento.
A lista também nomeia Gisele Bundchen como credora. A supermodelo brasileira e o então marido Tom Brady investiram na empresa, aparecendo até mesmo em seu anúncio no Superbowl.
O documento não mostra o valor devido a cada um, mas a empresa havia revelado anteriormente que devia aproximadamente US$ 3,1 bilhões a seus 50 principais credores. Dos 1 milhão de credores estimados anteriormente pela FTX, as duas maiores reivindicações individuais foram de US$ 226 milhões e US$ 203 milhões.
Bankman-Fried se declarou inocente das acusações de fraude feitas contra ele pelos reguladores dos EUA em Nova York. O colapso da FTX prejudicou os mercados de cripto e a reputação do setor, já que os órgãos reguladores estão clamando para estabelecer mais barreiras para proteger contra danos e riscos os investidores.
Fonte: CoinDesk